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Se a gente não ama o todo, nossas relações não passam de um vídeo editado somente com aquilo que é conveniente para fazer o outro acreditar em algo. Amar pelo todo é viver sem cortes, aceitando ruídos e desfoques, encarando com bons olhos os erros de gravação.
Amar essa Nadine que aqui escreve é amar também as crises de ansiedade, a mente acelerada e com raciocínio não-linear, o sono descomunal e a urgência de um coração inquieto. Amar o cabelo hidratado religiosamente, a vida profissional estável e a pró-atividade não basta (e nem é amor).
O que eu quero dizer é que não dá pra separar só as características agradáveis do outro e amá-las - mesmo que com todo coração. É fácil demais amar estabilidade emocional, voz calma, corpo nos padrões e mente organizada. Nós somos indivíduos cheios de prós e contras - e vai aparecer muita gente procurando só os prós. Quem pega no colo cada contra seu e decide guardar ao invés de jogar fora: essa pessoa, sim, te ama.
Não deixe ninguém te dizer que o problema são seus contras. Que você é ótima, mas essa sua mente louca estraga tudo. Que daria tudo certo, se não fosse aquilo... Nós nascemos completos e ninguém tem o direito de segregar nossas próprias partes. Esse texto é pra te fazer entender que é preciso amar pelo todo. Mas, principalmente, lembrar que você precisa ser amado(a) por completo, também.





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