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Nós não precisamos conversar sobre qual seria a melhor aplicação financeira para esse ano recessivo, nem sobre qual carro é mais líquido ou se compensava mesmo a gasolina ao invés do álcool. Não contei se decidi meu tema de pesquisa e nem perguntei como andava sua remoção. Só ficamos ali. Simplesmente sendo: sendo nós, sendo dois torcedores já com não muita esperança, sendo quem nós sempre fomos.
E o fato de eu ter quebrado o cronograma de postagem para escrever sobre a gente só confirma o que eu verbalizei ontem: não dá para escrever o que eu não tô sentindo.
E mesmo que à mesa do café da manhã ficaram mais evidentes todas as nossas divergências, como eu gosto de verde e você prefere o azul, como eu ainda acredito tanto no amor e você agora tem um pé atrás, como eu espero o bem e você espera o mal, eu ainda lembrei de como a gente consegue ser simples. Mesmo que pouco: nós ainda sabemos ser nós.
Ainda sabemos ser a menina radiante que se livrou das rodinhas e o pai orgulhoso atrás, ainda sabemos ser duas crianças jogando xadrez, ainda sabemos ter a mesma tranquilidade de quem não tá muito aí pra quem julga nosso pijama dentro do mercado.
Ainda sabemos que, mesmo eu querendo meu apartamento e você a sua casa com pomar, podemos simplesmente ser. Ser o que éramos lá em 1995 quando o segundo sábado do mês me trouxe pro mundo - mesmo tipo sanguíneo, mesmos olhos, boca e gênio. Mesmo temperamento de quem é falho, mas tem a melhor das intenções. Nós mesmos. Nós, simples. Nós sempre.





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