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Enquanto dirigia até o mercadinho (perdoem minha atitude nada ecológica de usar o carro para andar duas quadras - as tardes de verão daqui não são nada poéticas), estava justamente pensando e agradecendo por uma pessoa incrível que havia surgido em minha vida. Ao mesmo tempo, pensava em todos aqueles que tomaram a saída como direção. E o que seria isso, se não um balanço?
É aí que eu quero chegar: nós também precisamos fazer nossos balanços. Porque, por mais que nossa vida se assemelhe a uma estação de metrô, onde tantas pessoas vêm, vão, percorrem duas ou dez estações, chegam ao final da linha ou não, há uma grande diferença entre as duas: os que passam por nossas vidas têm um rosto. Despertam sentimentos. Emoções. Amor, ódio. Eles não são uma simples massa homogênea que, todo e rotineiro dia, encostam seus cartões pré-pagos no sensor da catraca. Eles participam da nossa existência e uma hora deixam de participar, também.
E então entra em cena a contabilidade da vida. Muita gente sai, muita gente entra, poucos ficam - na maioria das vezes é assim. Mais do que relembrar quem chegou, quem partiu, é preciso sempre agradecer. Agradecer porque as pessoas aparecem no momento certo de nossas vidas - e as deixam também na hora exata. Alguns a gente descobre que eram bem menos do que se pensava, mas a gente também se surpreende com outros. Está aí a graça dessa nossa estação.
O importante é saber que, embora a economia passe por uma recessão, nossa vida nunca passa. Sempre vai aparecer alguém. Sempre teremos de atualizar nossos balanços. E se você está aí, sem esperanças, achando que suas chances acabaram: estamos só no começo do ano, seu balanço ainda terá muitas páginas - e o segredo, meu amigo, é aproveitar cada uma delas da melhor forma possível.





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